Grupo Espírita em Niterói-RJ

Dia: 14 de maio de 2019

Regresso ao Pai

Na noite escura da alma, o espírito imortal que ontem sorveu o amargo
cálice do engano e da discórdia, hoje se prepara para o acerto, onde cada coisa deve retornar a seu lugar.

Espíritos errantes que somos, temos todos contas a ajustar e débitos aos quais não podemos nos esquivar. Feliz daquele que assumindo essa
consciência sabe que deve trabalhar com afinco na seara do Mestre.

Disse Jesus que não nos libertaríamos do jugo carnal enquanto não
pagássemos o último ceitil. Esse conceito está para muito além de nossos destinos errados. Ele remonta a uma ancestralidade a qual não possuímos conhecimento por nos faltarem recursos, sejam mnemônicos, emocionais ou psíquicos. Circunstâncias de nosso Eu maior que se perdem na dimensão espacial em que vivemos porque nos transformarmos em um Eu menor e nos materializamos ao ponto de nos perdermos da fonte criadora da vida.

Eis que, no entanto, é chegado o momento de retomarmos nosso caminho de ascensão evolutiva. Mas para isso é necessário resgatar nossa dívida inter e extra planetária. Nosso saldo cósmico precisa ser positivado perante nosso desenvolvimento espiritual.

O Pai nos aguarda de braços abertos para a grande reunificação que se dará com a grande remissão dos povos e a reintegração dos seres pela União Divina.

Trabalhemos!

Muita Paz!

Transformação

Em algum lugar, há alguém que espera por nós e ora para que tudo dê certo e para que se saiam bem dos compromissos assumidos. A vida na Terra é repleta de altos e baixos para os quais não costumamos adestrar nossas forças para o correto equilíbrio das situações. Comumente a balança pende de forma desigual, tanto em circunstâncias positivas quanto negativas.

Nas positivas, nos embriagamos na felicidade, esquecendo-nos de que há um ser supremo por trás daquele acontecimento, sempre esquecendo de louvar e agradecer. Além disso, gastamos aquela alegria como se não houvesse um dia seguinte a nos esperar e essa felicidade, então, se esvai.

Nos momentos negativos, maldizemos a criação que nos permite sofrer e, para além, ao invés de tentarmos saídas proveitosas e inteligentes,
fechamo-nos em um mar de lamúrias e padecimentos sem fim. Nos
esquecemos igualmente que não há noite que dure para sempre e que o dia irá raiar, claro e brilhante. O que move o ser encarnado é, via de regra, a satisfação dos objetivos que culturalmente foram instituídos, como sua boa formação profissional, a estruturação familiar, uma reputação digna de nota e, se possível, algum reconhecimento por parte de seus pares.

Certamente que as profissões estão no mundo para o uso dos homens e não menos desejável é ter um lar com bases seguras para o desenvolvimento integral de todos os seus membros.

Mas, afinal, o que viemos fazer na Terra? Apenas coisas da terra? De modo algum. Viemos para refazer o caminho. Palmilhar com acerto hoje os tantos tropeços de ontem.

Se assim é porque não vivemos de forma mais espiritualizada nossa experiência terrena? Até quando estaremos vivendo de ponta cabeça?

Estamos com os pés no alto, pisando as nuvens e a cabeça enterrada no chão. Mas devemos andar com os pés fincados na terra e os olhos postos ao Céu, reverenciando o Criador e pedindo a Ele que não nos falte inspiração para a tarefa a cumprir.

Se somos ainda hoje miseráveis em nossas aspirações maiores, acreditando que tudo se resume à matéria, que comecemos a exercitar a arte de libertar o espírito a fim de que possamos entrar no Reino dos Céus por sermos o pobres de espírito aos quais se referia o Cristo Jesus ao anunciar ao mundo suas Bem-aventuranças.

Que a paz do Mestre Jesus esteja em todos os corações agora e sempre e
que a vida de cada um possa se transformar em cânticos de amor ao Pai.

Hosana e paz a todos!
Um discípulo sincero

O Tempo

Foi-se o tempo
Foi-se a lua
Foi-se a história
Só não foi o rei
Nem foi o poeta
Cuja foice inglória
Não levou, apenas segou
De modo a calar
Na memória
O passado sangrento
Da noite nua
Para resgatar agora
Todo mal de outrora
No Eterno Bem
Para sempre, Amém!

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