A lua clareia a noite, como o sol clareia o dia, usando a luz de empréstimo de seu irmão generoso. O sol nunca invadiu o seio da noite a fim de cobrar seu brilho natural e cede, a cada dia, um pouquinho do seu brilho para que os poetas possam contar as estrelas.
A lua, igualmente generosa, alma boa, que doa porque sabe receber, nunca cobrou do mar seus efeitos nas marés, nem dos enamorados o céu límpido em que a contemplam.
O Universo é assim, generoso por natureza. Precisamos, também nós, aprender com tanta beleza a andar pelo Planeta em regime de doação.
Quanto mais me entrego, mais recebo, pois que tudo é um irmão.
Um pranto orvalhado de luz se despede, lembrando Jesus, que por cada tutelado, morreu na infamante cruz.
Um servo dedicado.