Sábio é o homem que enxerga o solo seco, a semente seca, mas vê naquela sequidão o fruto de futuras conquistas! Pois abaixo dos corações secos, rachados pelo ódio, também abriga-se a água cristalina, ainda adormecida, mas que um dia brotará dos olhos do homem então bem-aventurado…
E dessas lágrimas, que regarão o solo, que regarão as sementes, frutificar-se-ão o bem e o fruto de dias mais felizes. Serão esses dias então a conquista por tantos desejada hoje na Terra. Planeta de corações humanos ainda áridos, ainda secos pelo ódio e pela cobiça. Terra, o teu coração palpita e sofre…
Mas o sangue dos homens será o vinho que nutrirá também os desesperados em dias de longa aflição. Pois da natureza nada se rejeita e de tudo se tira proveito para a continuidade da vida.
Pois o exemplo da dor a percorrer os corpos humanos serão como o solo ainda árido a recuperar a sua fertilidade. Será preciso a enxada do destino corretivo e as lágrimas do arrependimento para que o solo da Humanidade possa recuperar a sua capacidade de gerar mais frutos e menos desertos.
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