O trabalho no Grande Bem é tarefa constante e repositório incessante de bênçãos a quem, desinteressadamente, o pratica.
Comumente, temos a tendência de estratificar ou delimitar o serviço a
certas condições. Aceitamos a tarefa de forma condicional e estabelecemos
rígidos critérios particulares à sua execução: o horário, que não pode ser
antes ou após que tal ou qual, o tipo de tarefa, a quantidade de pessoas a
serem atendidas, as necessidades orgânicas, que postas em primeiro lugar, por vezes, interferem na qualidade do que se pretende realizar… Enfim, uma
série de pré-condições que afasta o trabalhador do trabalho a que fora
destinado. Isso, sem levar em conta o não ‘sentir-se preparado’ para atuar
na lavoura do Senhor.
No entanto, o chamamento é para o trabalho que não cessa, porque o mundo
está em constante movimento. A vida não para nunca e nós, como tripulantes
dessa nave, não podemos, igualmente, parar.
Talvez soe inglória a tarefa, talvez assuste a alguns, mas a ideia passa longe
disto. O chamado é para um despertar de consciências, para que pensemos,
cada um, o quanto conseguimos doar de nós em favor do próximo, sabendo
que próximo é todo aquele que não seja a nós próprios – pessoas, plantas, instituições, animais, o oxigênio -. Tudo aquilo que não sou eu é meu próximo.
Existem compromissos materiais assumidos na encarnação que, certamente,
devem ser cumpridos, como o trabalho com que se ganha o pão, os afazeres
sociais e familiares, etc. Ainda assim, é importante lembrar que o trabalho
do Cristo acontece em cada momento vivido, em cada respiração.
O tempo urge e devemos nos dedicar com mais afinco às coisas do Espírito.
A vida, que é pródiga de bênçãos, reclama de nós trabalho ativo e espírito
de sacrifício. Se cada um dá o que pode, e não há julgamento nisso, deve-se
também pensar no momento em que deverá aumentar sua cota de esforço
pessoal a bem da humanidade.
Disse-nos o Cristo que a porta era estreita. Não nos prometeu Ele, o Mestre
Amado, o Reino dos Céus num mar de facilidades. Disse inclusive que mais
fácil seria um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico
entrar no Reino dos Céus e não está o querido Irmão, aqui, condenando a riqueza, que muita utilidade tem se souber ser utilizada, mas refere-se, justamente, ao processo que nos levam o excesso de comodidades, fazendo-
nos esquecer do real valor da vida.
Amigos, qual é afinal o objetivo maior de estarmos aqui? Também isso,
Jesus deixou claro: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo,
primeiro como a nós mesmos e, mais tarde, aprofundando o significado,
amando-nos uns aos outros como Ele nos amou. Disse ainda: Nisto se resumem todas as leis e todos os profetas.
Mas para exercitarmos esse amor é fundamental que nos preparemos em
serviço ativo e dignificante no Bem.
Somos mais fortes quando acostumados aos labores cristãos e nos sentimos,
com isso, verdadeiramente felizes e regozijados com as benesses recebidas
pelo Amor do Cristo, que nos preenche por inteiro.
Muita paz a todos os corações e que a Luz do Mestre seja com todos nós.