Quanta vida há em nós
Olhos que riem, olhos que choram
Mas não estamos sós
Somos todos mensageiros
Das cantilenas do além
Que refrigeram a alma
Dos que queremos bem
Precisamos agora de toda doçura
Para que mundo afora
Espantemos a amargura
Essa incrível multidão
Dos últimos trabalhadores
Verá enfim a vastidão
Do mundo em milhares de cores
Ajudar a quem precisa
É trabalhar sem cessar
Mas nada disso importa
O mais da vida é se doar
Seja para quem for
Pobre, rico ou doutor
Ninguém há neste mundo
Que esteja livre da dor
Sejamos semeadores
E saiamos a semear
Boa semente em terra fértil
Para um bom porvir esperar